18 jun 2014, 21:39
Só para esclarecer: agora de férias estou ajudando uns amigos em uma financeira, e aqui ninguém sabe calcular nada disso. Não sabem nem ao certo a taxa de juros que são oferecidas nos empréstimos consignados que os mesmos fazem. Ensinaram a eles a fazerem a seguinte conta:
O banco dá a margem do pensionista pronta (no exemplo foi 217,20). Pegam esse valor e dividem por 0,0307 (para empréstimos de 60 meses; ainda não descobri da onde vem esse número)
217,20/0,0307
A partir disso descobrem que o sujeito pode pegar de empréstimo o valor de 7074,92, e que ele pagará 60 parcelas de 217,20 para o banco.
19 jun 2014, 11:55
24 jun 2014, 14:29
albersonmiranda Escreveu:Jzaiden,
Quando você foi tirar a prova, você pegou o valor financiado e o capitalizou a uma taxa de 2,27% em 60 meses. Esse processo é equivalente à um investimento em renda fixa, onde você aplica um montante e ele fica parado lá apenas sendo remunerado. Esse não é o caso de um financiamento. O empréstimo/financiamento é uma série de pagamentos, ou seja, o saldo é remunerado a juros mas sofre deduções sucessivas ao longo do tempo (se iguais ou não, depende do sistema de amortização).
Pelas contas, a série é um sistema PRICE. Sua forma de cálculo segue: \(pmt=PV\frac{(1+i)^n*i}{(1+i)^n-1}\), em que \(pmt\) é o valor da parcela mensal, \(i\) a taxa de juros, \(n\) o prazo equivalente e \(PV\) o valor do empréstimo/financiamento. Se você isolar \(PV\), vai ter o valor da parcela (que legalmente não pode ser superior à margem do pensionista) dividido pelo fator calculado, o que explica o porquê do procedimento da financeira de tabelar os fatores em uma lista de possíveis combinações de prazo e taxa — mais fácil do que ensinar matemática financeira para os funcionários, infelizmente!
Quanto à taxa, você pode tentar isolar \(i\) mas eu acredito que se utiliza Newton-Raphson ou um método iterativo qualquer.